quinta-feira, maio 29, 2008

Delft

Mais uma vez sinto-me pequenina... Mais uma vez as minhas palavras nao chegam para expressar o que sinto. Sou pouca para tudo aquilo que sinto aqui.

Tenho o privilegio de me sentir em casa em mais do que um sitio. E aqui e um deles. A casa dos Kittis. E mais do que estar em casa, estou em familia. Pode nao fazer sentido para muitos mas para mim estar em familia e estar eu mesma, sendo so eu mesma com as minhas pessoas. Ha poucas mas as que tenho sao muito boas (boas mesmo boas =))... E aqui atingem o seu auge.

Para alem de se sentir aqui um calor que infelizmente ainda nao chegou a Lisboa (26 graus!), sinto um calor na alma. No conforto de um dia-a-dia que nao sendo meu, acaba por ser. Em conversas soltas e pegadas pela noite e pelo dia fora.

E se, como e obvio, quando voltar esta "tudo" a minha espera, a verdade e que muita coisa so pela distancia do tempo e espaco esta ja diferente. Exteriorizar muda tanta coisa (sempre disseram o meu Ru e a minha Su)... Simplifica tanta coisa. E mais que isso: aquilo que e realmente importante nao larga. E nao larga mesmo. E portanto, tenho uma percepcao muito mais clara do que e realmente importante. Agora. Para mim.

Para ti, tal como me disseste ainda agora, os meus olhos riem.

(Desculpem teclados sem acentos... Estes holandeses sao esquisitos...)

sexta-feira, maio 16, 2008

Gulbenkian

É só preciso parar para ver.
Por uma qualquer força da natureza, ontem fui parar à Gulbenkian.

Para além de todas as recordações de infância que todos aqueles recantos guardam em mim, a beleza da chuva na simplicidade de um jardim deserto, deram-me tempo e espaço para estar.
Só estar.

Eu e a minha música. Eu e os meus olhos. Eu e a minha sede de ver tudo. Perceber tudo. Absorver tudo.
No silêncio de um verde brilhante. Das plantas. Dos meus olhos.

Na correria do dia-a-dia é impossível não adormecer no cansaço de tudo o que já foi. É fácil ficar na inconsciência do sono e não pensar em mais nada.

Quando acord(amos)o volta tudo. E não há tempo para parar.
Ontem houve. Durante aquela hora perdida (achada) entre um espaço que foi só meu. Para pensar, sentir, chorar e sorrir tudo o que me apeteceu.

Não resolve. Mas ajuda.
E depois a espera que não deu em nada. Numa noite de trovoada.

terça-feira, maio 13, 2008

Everything is grey...

"This is what I've learned so far
Everything is grey
Few things are forever
and it hurts when good things fade
you can't be my everything
And I am not half you
but you can make it all worth while
and that's why I love you...

When you look at me, am I incomplete
am I missing something everybody else can clearly see
when you look at me...

I have tasted happiness
Thie innocence of joy
do we pay a price for every moment we enjoy
I could make you promises
But even I can't say if everything I feel for you
will never go away

When you look at me, am I incomplete
am I missing something everybody else can clearly see
when you look at me...

Will you be my everything, maybe just this time
we can really thing that i am yours
and you are mine
I am yours and you are mine..."
Sarah Bettens

sexta-feira, maio 02, 2008

Uma palavra...

"Uma palavra não diz nada. E ao mesmo tempo esconde tudo. Como o vento esconde a água. Como as flores escondem o lodo.

Um olhar não diz nada. E ao mesmo tempo diz tudo. Como a chuva na tua cara ou um velho mapa de um tesouro.

Uma verdade não diz nada. E ao mesmo tempo esconde tudo. Como uma fogueira que não se apaga. Como um pedra que nasce do pó.

Se um dia me faltares, não serei nada. E ao mesmo tempo, serei tudo. Porque nos teus olhos estão as minhas asas e está a maré onde me afogo."