quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Mudar é bom. Dizem.
Rapidamente se passa de um passeio nas nuvens, saltando de algodão em algodão, para um sufoco que não nos deixa dormir em que o algodão nos aperta por todos os lados e apesar de conseguirmos respirar, mal o conseguimos fazer.

E acordamos às seis da manhã. Porque o nosso inconsciente durante o sono ganha contorno de consciência e revela-se por todo o corpo. Em vez de sair em lágrimas, sai em insónias. Em suores frios.
Deixem-me dormir.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

K E E P I T S I M P L E.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Alguém quer falar comigo sobre o calor que está lá fora?

Geração Y

Tenho a sorte de poder dizer que gosto do meu trabalho.
Uns dias mais, outros menos, como toda a gente.

Quando vou às Escolas tenho a oportunidade de ser confrontada com uma realidade que apesar de muito próxima, está também muito longe.
Não só longe de mim mas penso que da maior parte das pessoas que não têm um papel activo numa destas instituições.

Percebo cada vez melhor a paixao que a minha irmã tem pelo ensino. O poder que está por trás dessa profissão não pode, nem consegue, ser medido em palavras.

A capacidade, ou não, de conseguir moldar, educar, formar uma criança/adolescente/adulto é um dom não concedido a muitos. A capacidade de passar a "matéria", os programas, aliada à capacidade de passar algo mais em termos de formação social/pessoal é uma competência que adorava ter. Não digo que seria capaz. Mas o desafio que representa é gigante. E seria, certamente, enriquecedor.

Porque para além de ensinar os "miúdos" (estou tão crescida) porque é que um balanço se representa num "T", tem um lado esquerdo e um direito e que de um lado se debita e de outro se credita... É essencial cultivá-los pelo interesse de saber para que serve um balanço e que nos "Prós e Contras" que passa na televisão em que se debate a CRISE não se está a falar de nada mais do que o balanço que não está de todo equilibrado!... É essencial que eles percebam que estão, ou deveriam estar, integrados num sistema ao qual chamamos sociedade e em que eles não são seres passivos mas determinantes.

É essencial que os "putos" da denominada Geração Y (nome dado aquela geração que anda com as calças a cair e a deixar ver o y...) sejam trazidos dos seus Hi5, MySpace, Facebook, LinkedIn... para a "rua".
A melhor maneira de andar informado é andar na rua. É andar de transportes públicos. É olhar para os outdoors, anúncios, pessoas... Sentir cheiros, ouvir conversas... E ter consciência de que aquilo que somos, e vamos sendo, se constrói não só pela teoria que vem nos livros mas, principalmente, pelas experiências porque passamos. Pelas pessoas que tocamos. Que nos tocam. Que falamos. Que ouvimos.
Sejam elas professores, amigos, anónimos, família, amores, inimigos, colegas.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Para reflectir...

Mesmo tirado do seu contexto - que era um comentário da Margarida Pinto Correia sobre o novo CD da Mafalda Veiga - há pensamentos que merecem ser escritos, re-escritos e pensados.
Na segurança que não estamos sozinhos na maneira de encarar a vida. Que é muito mais do que aquilo que se vê, se vive e se sente. É ser feliz. Não estar à espera de pontes para nos salvar. Não perder dias, vidas, em vão.

«Partir de um princípio base de só querer ser feliz, chegamos muito mais longe.
Seguramente mais longe, quando nos entregamos às palavras e tudo o que nos dão, às músicas e aos lugares incríveis a que nos levam. Quando deixamos que o momento faça sentido por tantos outros momentos que ali ficam contados. Pelo que por aquela canção passa, uma vida inteira ou só um momento, quando a ouvimos outra vez. Quando a ouvimos de repente. Quando nunca a tínhamos ouvido. (…)
Foi por isso que este casamento estava escrito antes de ser cantado aos sete ventos:
Na estrada real, que cruzamos todos os dias, queremos sentir o ar, “tu e eu a descobrir o ar / não é preciso correr / não é urgente chegar / o que é preciso é VIVER”, o ar que nos deixa avançar. E temos medo, tantas vezes. Dos outros e nosso.

Na estrada real, gostávamos que os outros fossem pontes a salvar-nos, mas temos de nos bastar, temos mesmo de ter o mundo inteiro dentro do nosso olhar, não perder um segundo, não abrandar na vigilância de aproveitar.
Não podemos continuar a perder dias em vão, vidas em vão. A perder o que sentimos quando os outros partem. Quando nós partimos.»

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Expectativas

Tudo se prende com expectativas.

Tudo o que se vive, se pensa e se sente, é reflexo daquilo que esperamos. Daquilo que esperámos. Idealizámos. Prevemos na nossa cabeça.

The easy solution: não ter expectativas.
As expectativas toldam-nos o raciocínio. Prendem-se a ideias pré-concebidas. Pela sociedade. Pelos outros. Pelo que os outros esperam de nós. Por aquilo que somos. Ou julgamos que somos. Por aquilo que acreditamos. Por aquilo que pensamos. Que sentimos. Quando damos por isso andamos às voltas.
Presos com fios de nylon a sonhos, expectativas, de coisas que criámos na nossa cabeça e que nos guiam através dos dias. Que não nos deixam dormir através das noites.

The easy solution: não ter expectativas.
Tudo isto implica algo de grave. Muito grave.
Não ter expectativas implica ir vivendo.
"Ir vivendo é ter medo de viver. Ir vivendo é adiar a possibilidade de viver o hoje, fingindo contentarmo-nos com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã." [Dr. Jorge Bucay]
Sem expectativas é mais fácil. Dependemos apenas de nós. Não se criam ilusões.
Mais cedo ou mais tarde, isso não há-de chegar. E o simples ir vivendo não vai bastar.
Haverá forças?