sexta-feira, maio 16, 2008

Gulbenkian

É só preciso parar para ver.
Por uma qualquer força da natureza, ontem fui parar à Gulbenkian.

Para além de todas as recordações de infância que todos aqueles recantos guardam em mim, a beleza da chuva na simplicidade de um jardim deserto, deram-me tempo e espaço para estar.
Só estar.

Eu e a minha música. Eu e os meus olhos. Eu e a minha sede de ver tudo. Perceber tudo. Absorver tudo.
No silêncio de um verde brilhante. Das plantas. Dos meus olhos.

Na correria do dia-a-dia é impossível não adormecer no cansaço de tudo o que já foi. É fácil ficar na inconsciência do sono e não pensar em mais nada.

Quando acord(amos)o volta tudo. E não há tempo para parar.
Ontem houve. Durante aquela hora perdida (achada) entre um espaço que foi só meu. Para pensar, sentir, chorar e sorrir tudo o que me apeteceu.

Não resolve. Mas ajuda.
E depois a espera que não deu em nada. Numa noite de trovoada.

1 comentário:

D. disse...

O tempo é assim, estranho na sua essência, porque parece ter o seu ritmo, que nos escapa por entre ponteiros engenhosos e ampulhetas de areia... Aposto que essa hora pareceu voar, mas agora que olhas para trás foi uma hora plena!

Até o cinzento é uma côr...;)

plim*