quarta-feira, junho 30, 2010

É muito mau andar de phones de manhã. Não se ouvem os barulhos próprios da rua, das pessoas, do movimento desta cidade espetacular.


É muito bom andar de phones de manhã. Não se ouvem os comentários desgraçados que se adivinham em olhares e lábios em movimento.

quinta-feira, junho 24, 2010

Se estiverem sensíveis não vejam. Se costumam conduzir "à maluca" é obrigatório.
Muito forte. Muito bom.

terça-feira, junho 15, 2010

Saí da Casca

Trocadilho fácil. Eu sei. Mas é verdade.

Mudei-me. Mudei de projecto. Mudei de vida. Mudei de rotina.

Ainda é cedo para poder dizer o que sinto. Por enquanto sinto muita coisa ao mesmo tempo. É tudo novo. As pessoas. Os sítios. Os cheiros. Os risos. As caras e os nomes.

Sinto-me desenquadrada em todo o lado porque deixei de ter uma rotina. Mas descobrir e aprender coisas novas a todo o milésimo de segundo é uma sensação muito boa. Pôr em causa tudo o que sou, ou sei fazer, é muito complicado mas ao mesmo tempo desafiante. A dúvida constante de se vou ser capaz é angustiante mas excitante.

E é por aqui que ando. Entre o tentar perceber se vou gostar, se vou ser capaz e a angústia de haver a hipótese de não conseguir.

De qualquer das formas, já valeu a pena.

terça-feira, junho 01, 2010

Feliz Dia da Criança

Há uns já largos anos atrás, estaria eu em casa em ânsias para nos podermos encontrar todos e ir a pé até à Feira Popular. Que ritual. O nosso ritual.

Naquele restaurante do lado esquerdo logo à entrada com cheiro a sardinha e frango assado.
Íamos todos. Pais, tios, primos e era uma festa.

Depois do jantar, o que se pensarmos bem nem tem muita lógica, lá ia a pequenada (sendo que eu, a R. e a J. eramos as caçulas) andar naquelas coisas.
Era Lagarta, Twister, Casa Assombrada, a montanha russa do looping que não me lembro do nome e, claro, os carrinhos de choque! "Mais uma moedinha, mais uma voltinha!"

Íamos avançando pela Feira e vendo e absorvendo tudo. Tenho imensas memórias desses dias. De todos esses dia 1 de Junho.

E acho que uma família é isso mesmo. E acho que uma infância feliz é isso mesmo.
São momentos desses. São rotinas, mesmo que anuais, que nos enchem o coração. Que nos fazem ir crescendo nos dias à espera do ano que vêm.
São mimos que solidificam a alma para que seja mais forte na vida adulta.

Viva o pirilampo mágico. Viva o mimo debaixo da almofada no 28 do 4. Vivam as festas de aniversário com pães de leite com manteiga e fiambre, ou queijo, feitos com antecedência pela M. e P.A. Viva o bacalhau no 24 e o perú no 25 com ida a Mem-Martins. Viva a colecção da Disney em cassetes e livros com estrutura amarela. Viva o: "Posso ir brincar para o terraço da R. hoje à tarde ou para casa da J.?". Vivam os almoços no Saraiva. Vivam as festas com espetáculo no Belverde. Viva o café de sexta-feira à noite com direito a visita de tios e primas com noitada de gargalhadas.

As memórias não têm fim. E por isso sou tão feliz e tão forte, às vezes.
Porque tenho rede. Obrigada.
Feliz Dia da Criança.