terça-feira, abril 15, 2008

Delírios

"Para onde vais?"
"Não sei, vou por aí..."

"Mas sem rumo?"
"Mais ou menos. Vou com o rumo que me apetecer no momento."

"Como é que consegues fazer isso?"
"Simplesmente vou. Porquê? Para ti é impossível?"

"Sem uma direcção sim. Não consigo só ir, sem saber onde vou parar."

"Mas essa é a beleza da liberdade. É conseguires ir sem saber. É parares quando queres. Ou não parares de todo. É voares. Ou, pura e simplesmente, parares. Tu é que decides. E se não souberes decidir já, decides mais daqui a bocado. Ou, se não quiseres, nem decides. Apenas és. Ficas. Vais."

"Mas porquê?"
"Porquê o quê?"

"Porque é que me deixas?"
"Não te deixo. Vou-te encontrar ali mais à frente. Mais atrás. Mais certa. Ou então, deixo-te. Mas vejo-te. E sinto-te. E depois, então, decido. Deves-me isso. Somos duas e, por isso, no mínimo diferentes. E eu preciso de ir. Com o vento. Só ir. Não te preocupes, eu volto."

"Não te preocupes. Eu fico aqui."

3 comentários:

kimo disse...

o meu cometário a este post é uma frase tua neste blog que gosto muito, "Se fosse fácil não teria piada. Não teria encanto."

E se calhar não são assim tão delirios

Beijos grandes

kimo disse...

"Se fosse fácil não teria piada. Não teria encanto."

E se calhar não um delirio assim tão grande....

Beijos Grandes

kimo disse...

Desculpa acho que recebeste toneladas de comentários, não percebi que tinha moderação... sorry

Beijos grandes