sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Geração Y

Tenho a sorte de poder dizer que gosto do meu trabalho.
Uns dias mais, outros menos, como toda a gente.

Quando vou às Escolas tenho a oportunidade de ser confrontada com uma realidade que apesar de muito próxima, está também muito longe.
Não só longe de mim mas penso que da maior parte das pessoas que não têm um papel activo numa destas instituições.

Percebo cada vez melhor a paixao que a minha irmã tem pelo ensino. O poder que está por trás dessa profissão não pode, nem consegue, ser medido em palavras.

A capacidade, ou não, de conseguir moldar, educar, formar uma criança/adolescente/adulto é um dom não concedido a muitos. A capacidade de passar a "matéria", os programas, aliada à capacidade de passar algo mais em termos de formação social/pessoal é uma competência que adorava ter. Não digo que seria capaz. Mas o desafio que representa é gigante. E seria, certamente, enriquecedor.

Porque para além de ensinar os "miúdos" (estou tão crescida) porque é que um balanço se representa num "T", tem um lado esquerdo e um direito e que de um lado se debita e de outro se credita... É essencial cultivá-los pelo interesse de saber para que serve um balanço e que nos "Prós e Contras" que passa na televisão em que se debate a CRISE não se está a falar de nada mais do que o balanço que não está de todo equilibrado!... É essencial que eles percebam que estão, ou deveriam estar, integrados num sistema ao qual chamamos sociedade e em que eles não são seres passivos mas determinantes.

É essencial que os "putos" da denominada Geração Y (nome dado aquela geração que anda com as calças a cair e a deixar ver o y...) sejam trazidos dos seus Hi5, MySpace, Facebook, LinkedIn... para a "rua".
A melhor maneira de andar informado é andar na rua. É andar de transportes públicos. É olhar para os outdoors, anúncios, pessoas... Sentir cheiros, ouvir conversas... E ter consciência de que aquilo que somos, e vamos sendo, se constrói não só pela teoria que vem nos livros mas, principalmente, pelas experiências porque passamos. Pelas pessoas que tocamos. Que nos tocam. Que falamos. Que ouvimos.
Sejam elas professores, amigos, anónimos, família, amores, inimigos, colegas.

1 comentário:

El Felino disse...

"O Captain ! My captain!..."
:)