quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Para reflectir...

Mesmo tirado do seu contexto - que era um comentário da Margarida Pinto Correia sobre o novo CD da Mafalda Veiga - há pensamentos que merecem ser escritos, re-escritos e pensados.
Na segurança que não estamos sozinhos na maneira de encarar a vida. Que é muito mais do que aquilo que se vê, se vive e se sente. É ser feliz. Não estar à espera de pontes para nos salvar. Não perder dias, vidas, em vão.

«Partir de um princípio base de só querer ser feliz, chegamos muito mais longe.
Seguramente mais longe, quando nos entregamos às palavras e tudo o que nos dão, às músicas e aos lugares incríveis a que nos levam. Quando deixamos que o momento faça sentido por tantos outros momentos que ali ficam contados. Pelo que por aquela canção passa, uma vida inteira ou só um momento, quando a ouvimos outra vez. Quando a ouvimos de repente. Quando nunca a tínhamos ouvido. (…)
Foi por isso que este casamento estava escrito antes de ser cantado aos sete ventos:
Na estrada real, que cruzamos todos os dias, queremos sentir o ar, “tu e eu a descobrir o ar / não é preciso correr / não é urgente chegar / o que é preciso é VIVER”, o ar que nos deixa avançar. E temos medo, tantas vezes. Dos outros e nosso.

Na estrada real, gostávamos que os outros fossem pontes a salvar-nos, mas temos de nos bastar, temos mesmo de ter o mundo inteiro dentro do nosso olhar, não perder um segundo, não abrandar na vigilância de aproveitar.
Não podemos continuar a perder dias em vão, vidas em vão. A perder o que sentimos quando os outros partem. Quando nós partimos.»

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