Seguramente mais longe, quando nos entregamos às palavras e tudo o que nos dão, às músicas e aos lugares incríveis a que nos levam. Quando deixamos que o momento faça sentido por tantos outros momentos que ali ficam contados. Pelo que por aquela canção passa, uma vida inteira ou só um momento, quando a ouvimos outra vez. Quando a ouvimos de repente. Quando nunca a tínhamos ouvido. (…)
Foi por isso que este casamento estava escrito antes de ser cantado aos sete ventos:
Na estrada real, que cruzamos todos os dias, queremos sentir o ar, “tu e eu a descobrir o ar / não é preciso correr / não é urgente chegar / o que é preciso é VIVER”, o ar que nos deixa avançar. E temos medo, tantas vezes. Dos outros e nosso.
Não podemos continuar a perder dias em vão, vidas em vão. A perder o que sentimos quando os outros partem. Quando nós partimos.»
1 comentário:
Estou a reflectir...
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