Há uns já largos anos atrás, estaria eu em casa em ânsias para nos podermos encontrar todos e ir a pé até à Feira Popular. Que ritual. O nosso ritual.
Naquele restaurante do lado esquerdo logo à entrada com cheiro a sardinha e frango assado.
Íamos todos. Pais, tios, primos e era uma festa.
Depois do jantar, o que se pensarmos bem nem tem muita lógica, lá ia a pequenada (sendo que eu, a R. e a J. eramos as caçulas) andar naquelas coisas.
Era Lagarta, Twister, Casa Assombrada, a montanha russa do looping que não me lembro do nome e, claro, os carrinhos de choque! "Mais uma moedinha, mais uma voltinha!"
Íamos avançando pela Feira e vendo e absorvendo tudo. Tenho imensas memórias desses dias. De todos esses dia 1 de Junho.
E acho que uma família é isso mesmo. E acho que uma infância feliz é isso mesmo.
São momentos desses. São rotinas, mesmo que anuais, que nos enchem o coração. Que nos fazem ir crescendo nos dias à espera do ano que vêm.
São mimos que solidificam a alma para que seja mais forte na vida adulta.
Viva o pirilampo mágico. Viva o mimo debaixo da almofada no 28 do 4. Vivam as festas de aniversário com pães de leite com manteiga e fiambre, ou queijo, feitos com antecedência pela M. e P.A. Viva o bacalhau no 24 e o perú no 25 com ida a Mem-Martins. Viva a colecção da Disney em cassetes e livros com estrutura amarela. Viva o: "Posso ir brincar para o terraço da R. hoje à tarde ou para casa da J.?". Vivam os almoços no Saraiva. Vivam as festas com espetáculo no Belverde. Viva o café de sexta-feira à noite com direito a visita de tios e primas com noitada de gargalhadas.
As memórias não têm fim. E por isso sou tão feliz e tão forte, às vezes.
Porque tenho rede. Obrigada.
Feliz Dia da Criança.
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1 comentário:
Bela cama de rede... :)
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