Gostava de perceber mais e de pensar menos.
Num fim-de-semana diferente, muito agitado e muito quente ainda assim a minha cabeça não parou.
Gostava de conseguir explicar que a vida é muito curta e muito intensa para se levar a pisar outras pessoas.
Gostava de conseguir fazer entender, sem magoar ou ofender as outras pessoas, que é preciso mimar quem nos rodeia. Que não é bonito falar mal nas costas, "cochichar", ou fazer juízos de valor de este ou daquele sem falar com as pessoas.
Pior. Que não se podem fazer exigências ou ficar extremamente ofendido quando não se actua da maneira que se exige aos outros.
Não se pode bradar aos céus que somos todos muito amigos quando numa altura de uma necessidade simples como uma boleia a horas menos próprias toda a gente finge não ouvir porque prefere ficar a dormir. É indecente. Não consigo perceber.
Estou triste porque não consigo perceber o que se passa na cabeça das pessoas. Porque não consigo descortinar se sou eu que sou uma perfeita anormal ou se as pessoas se esqueceram que é importante tratar bem os outros sem pensar só no seu próprio umbigo.
É preciso dar valor às pessoas que fazem diferente. É preciso dar valor às pessoas que se importam.
Estou revoltada porque assisto precisamente ao contrário. Quem não faz, ou faz por conveniência, é que é bem visto.
Um simples obrigada chegava. Mas claro, sou eu que estou a ser exigente e tudo isto é perfeitamente normal porque as pessoas se estão a cagar.
O problema é meu. Eu é que tenho cada vez mais dificuldade em dar-me com pessoas que se estão a cagar. E o leque vai reduzindo. É a vida.
E eu acho que é muito curta para perder o meu tempo com relações que não são nada mas que as pessoas insistem ou acham que são imenso. Tenho pena dessas pessoas que não devem saber de facto o que é mimar os amigos e tratá-los bem. Não devem ter quem lhes faça isso. Ou pior não sabem o que é de facto ter amigos.
E eu estou a perder o meu tempo a escrever isto.
Estava só a ver se aliviava.
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3 comentários:
Ontem, por coincidência e num desabafo muito (demais) igual a este, a resposta foi: "não há muitas pessoas como tu" - e, por qualquer golpe do destino, isso não me fez sequer sorrir...
Queria dizer que entendo, concordo e já não acredito em mudar o mundo (com pena - nem tudo está à distância de um sonho).
Beijinhos
Obrigada n. Não imaginas o conforto de saber que há, pelo menos, mais uma pessoa a pensar assim.*
Três.
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