quinta-feira, abril 09, 2009

Desabafo Malpensano - Parte II

"Back to Malpensa mas já de saída para casa…

Foram 6 dias muito bons. Deu para rir, para chorar, para conversar, passear, descansar e trabalhar. E para perceber que apesar de não poderes contar com ninguém, podes e terás sempre de contar contigo mesmo(a).

A frustração tornou-se na percepção inabalável de que de facto o que não nos mata torna-nos mais fortes. E de tudo o que nos acontece é possível aprender qualquer coisa. Obrigada M. Estava de facto esquecida dessa parte da vida.

Estou diferente, é um facto. Estou pior? Não sei. Estou mudada? Estou.

E agora here we go again.

Os italianos são um espectáculo. Fiquei a perceber que não é preciso ter as estradas marcadas e que muito menos ter semáforos. É, como muita coisa na vida, uma questão de vontade: se quiseres andar mais depressa, andas; se quiseres ultrapassar quase empurrando o outro, andas; se quiseres atravessar a estrada, atravessas.

Todos, mas todos sem excepção, são pontas de lança. Em todos os sentidos. Desde o totó até ao “engatatão” todos têm algo a dizer ou todos vão olhar como se te fossem engolir. Mesmo aqueles que percebes pouco tempo depois que são “rotos”. E quase todos são. Pelo menos em Roma.
No entanto, todos são simpáticos. Todos riem e sorriem. Falam alto. Passam por cima de qualquer pessoa quer no embarque, quer nos autocarros, quer no metro. Não há um conceito de fila, nem tão pouco de espera.

Sorrindo e andando. (Acho que vou fazer disto o meu lema de vida. Ainda mais.)

As massinhas e as comidinhas são o melhor. Para virar “bolinha” era um instante. Panninis everywhere. Gelado. Pizzas. Pastas. Do melhor. Há sempre uma sandes com um aspecto formidável e um gelado que sabe mesmo à fruta que anuncia.

Em Roma tudo é “visitável” enquanto turista. Em todas as esquinas há uma ruína. Uma “pedrinha” para apreciar e pensar – fazer o esforço de pensar – que aquilo está ali há séculos. E à noite voltamos aos restaurantes típicos com primo piato e secondo e postres de morrer! Viva a Nutela!
Em Roma há uma espécie de Bairro Alto, Trastevere, onde os amicis se juntam para um copo e para falar alto nas ruas de um bairrinho muito engraçado.

Milano é mais suspicious. A piazza da Duomo tem muita gente estranha mas a Catedral em si está magnífica. Anyway, been there, seen that.

O trabalho, sim porque fui a trabalho, não podia ter corrido melhor. Os italianos são fáceis de falar e ouvem mesmo o que lhes dizemos. Os que falam inglês, o que ainda não é assim tão linear, são umas simpatias e claro que acham que a hipótese de ir para Lisboa é o melhor que lhes podia acontecer.

Balanço final mais que positivo.
Venha Madrid."
6 Abril, 2009

2 comentários:

Nádia disse...

Roma é o cúmulo dos tesouros: a cada esquina, a cada momento há uma nova janelinha que se abre numa rua e uma capela se faz avizinhar, ou um jardim ou um sorriso colorido. Milão é imponente, citadino, dá a sensação de se passear sobre um palco gigante, onde todos se vislumbram e te "metropolitam". Itália é um poçozinho único, recortados sobre si próprios, sobre o orgulho principesco do Italiano ser a única língua (quando nem o é... quando há mais "sutaques" do que noutro lugar qualquer) e de terem o melhor do mundo num melting pot de experiências curiosas. Sim, porque não há que comparar: Roma não nasce no mesmo país que Napoles e Milão não nasce no mesmo país que Veneza :)
E tens razão: todos querem devorar Lisboa! *

Boas viagens!

El Felino disse...

Se só pudessemos contar com nós mesmos estavamos bem f******...

Keep it up!