Mais estranho ainda é estar sentada a escrever aqui no aeroporto com uma série de pessoas à minha volta que não me percebem e que eu não percebo.
Mas é bom ter este meio de expressão. É libertador. Faz companhia. Entretém.
Acabo sempre por querer falar sobre o mesmo. Sobre o tempo. Sobre o facto de o tempo passar a correr e eu não saber para onde ele foi. O facto de a minha vida nos últimos tempos ter passado tão depressa e mesmo assim eu querer que em algumas coisas passasse ainda mais.
Não que defenda que com o tempo passa tudo. Porque não defendo. Mas porque teria já ganho outras certezas com mais tempo.
Tenho os meus alicerces all shaken. Mesmo. Os valores que eu considerava basilares na minha vida têm insistido em desmoronar-se à minha volta. E tenho a sensação que ando em correrias loucas para apanhar os pedaços e estou morta de cansaço. De frustração.
Agora o básico. Não existe amor puro. Não se pode confiar em ninguém. Ninguém vai deixar de trair a confiança do outro quando tiver oportunidade. Ninguém te vai proteger se tiver other things in mind. Can’t count on anyone but you. "
2 Abril, 2009
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