"Engraçado, há anos que ando com esta expressão na minha cabeça, a saboreá-la como quem tem um caramelo na boca, e o desfaz bem devagarinho.
Sempre que penso em dias doces, dias de tranquilidade, vem-me à ideia as tais nuvens no meu café, como se o leite ou as natas fossem pedaços que retirei do céu.
Coisa estúpida mas se pensarmos bem, são os momentos mais pequenos, os factos mais singelos que nos marcam a memória para sempre.
O cheiro do pão quente [e do café a subir na cafeteira], o perfume da terra molhada quando a chuva cai sem ser esperada e depois desaparece como por milagre [e do meu pai de manhã pela casa a assobiar em tempos que já lá vão], a fragância misteriosa da pele de uma criança [e do amaciador de roupa em casa da Mani], o sentir o cabelo molhado e levado pelo vento [e a cama acabada de fazer de lavado], o olhar que fixamos em alguém e que por razão nenhuma nos fica na memória para sempre [e o click que sentimos naquele dia], instantes apenas [apenas?] mas muitos anos passados são muitas vezes o que nos leva para a terra do que já foi, do que já fomos [e do que somos. Sempre.]."
Instantes que emocionam e que fazem toda a diferença.
Sou toda emoções.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário