sexta-feira, janeiro 25, 2008

Apeteceu-me

Sentado num banco de jardim.
A água corria. O sol sorria.
Para mim.

Olhava para as flores e não sentia as dores.
A indecisão escondia-se no turbilhão de cores.
O pensamento da morte lembrava a sorte.
E tudo o que queria esquecer implicava um corte.

Não estou suficientemente forte para correr.
Muito menos para morrer.
Opção: viver.

Sorver deste jardim tudo o que couber em mim.
Para sonhar e andar sobre as nuvens saltitantes.
Para que todos os sentimentos não sejam mais que experiências flutuantes.
Gratificantes. E insignificantes.

2 comentários:

Anónimo disse...

como poderão algum dia os sentimentos ser insignificantes? só se calhar se não forem gratificantes... hmmm
custa-me a crer tanto uma como outra...

espero que estejas bem;)

plim*

Estrelinha... disse...

A frustação é mesmo essa. É a celeridade com que passam de gratificantes a insignificantes.
Mas percebo o que dizes. Claro que os sentimentos nunca são insignificantes. A minha dor é apenas porque muitas vezes são esquecidos. Ou, mesmo estando lá, caem no esquecimento. Na rotina. Na certeza de que está tudo bem e não é necessário fazer nada.

Não te preocupes, está tudo bem.

Pim*