Era bom. Era bom que estivesse escrito nas estrelas. Assim bastava esperar pelo escuro da noite para ver e saber tudo. Assim podia ser que a noite em vez de portadora de novos, e velhos, medos, trouxesse serenidade.
A insegurança traz noites sem dormir. E noites sem dormir trazem insegurança. Porque se entra numa espiral de pensamentos sem retorno que apenas aumentam aquele frio na barriga e aquela lágrima contida nos pulmões.
Era tão mais fácil saber tudo, ou mesmo não saber nada. A (des)preocupação constante. Mas há espíritos preocupados que não conseguem passar pela vida sem marcas. Ou pura e simplesmente, deixá-la passar por eles sem a marcarem.
Horas atrás de horas. Minutos atrás de minutos. Segundos atrás de segundos. Mas para quê? E pior, para quê questionar? Porque é que o simples saber que a vida é demasiado especial para ser esquecida, às vezes não chega? O que falta?
Que o Mundo é perfeito, toda a gente sabe. O céu bem azul num dia de sol como o de hoje é só mais uma prova disso. A rapariga que vi hoje de manhã no Parque Eduardo Sétimo de fato de treino com a sua avó para um passeio matinal é a prova sentida disso. Numa vista magnífica, o amor pelos nossos (Saudades.) E a forma como cada um de nós escolhe enfrentar a vida seria sufuciente para que a vida fosse ainda mais perfeita. No entanto, há quem escolha magoar. E o porquê disso acho que nunca vamos conseguir explicar. Há quem defenda que se trata da condição humana... Será? Todos nós já magoámos e acredito que na sua maioria sem querer. Mas acontece. E sem dúvida que há pessoas, e momentos, em que nos deviam privar disso. Porque há quem não mereça.
O pior é que mesmo quando não nos magoam, há dias em que nos sentimos magoados. Em que parece que tudo se passa nas nossas costas. E não queremos acreditar que aquele alguém é capaz disso. Mas é. Mas são. E isso é que dá pena. Porque confiar é um bem inestimável e quando se perde, perde-se tudo. Será recuperável?
Está escrito nas estrelas.
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