As maravilhas da internet doméstica...

Passado um ano e meio de estar no meu poiso, o meu Pai rendeu-me (sim foi o me Pai que me rendeu!) às maravilhas da internet doméstica.
Como qualquer jovem que sai de casa dos pais ainda com uma mão à frente e outra atrás, acreditando que o que ganha vai dar, e vai ter de dar, há coisas que ficam pelo caminho.

A verdade é que deu, foi dando, vai dando. E até dá para ter internet em casa.

As saudades de outros países, agora sem água pelo meio, foram crescendo. e fazendo crescer sentimentos de revolta inconscientes que são facilmente minimizados quando este pequenininho (mesmo) computador se liga e a rede parece que funciona.

Já houve direito a visita guiada pelas novidades e a sorrisos em tempo real.

Apesar de dizerem que no mundo das novas tecnologias exponenciais é agora mais fácil falar com alguém na Austrália e não conhecermos o nosso vizinho (eu conheço os meus e ali para baixo dispensava-me a conhecer e, principalmente, a ouvir), não encaro isso como um facto potencialmente mau de todo.

Para mim a possibilidade que estas novas tecnologias me trazem de poder ver um sorriso na câmara, que não sinto, é verdade, mas definitivamente vejo e ouço, é já muito mais do que não estar.
O verde é mais brilhante ao vivo, de facto. Mas é mais "real" no écran do computador do que não ter imagem de todo. Quem tem de conviver com a distância saberá do que falo.

Enquanto tiver consciência que preciso, e gosto, de conhecer, falar e sentir (às vezes até demais) as pessoas que me rodeiam diariamente, vivo em paz com a minha consciência de poder falar com alguns dos que mais amo através deste bichinho fantástico e dos milhares de bites e bytes que voam até mais uns milhares de quilómetros ali à frente.

Obrigada.
E obrigada a Ti pela dica do: "Assim também podes actualizar mais frequentemente o teu blog..."
Ainda bem que "me" lês.