Hoje de manhã estava em modo semáforo verde.
No meu carro a caminho do trabalho fui parando, obviamente!, nos sinais vermelhos que encontrei. E foi aí que me apercebi do fenómeno.
Aqueles minutos de paragem transportaram-me para longe. E não houve uma única paragem (na verdadeira acepção da palavra) onde não levasse uma buzinadela "acordante" para avançar. À excepção do último, onde consegui a proeza de deixar o sinal ficar verde e vermelho outra vez.
Vim em modo flutuante até aqui e tenho aquela sensação que não sei muito bem como cheguei. A noite não foi feita de muitas horas de sono mas seriam, à partida, as suficientes. Ou então não, pelo que se vê.
Ando com a capacidade de me transportar para outras partes. Para outros lugares.
Ontem tive o privilégio de almoçar com um solzinho nas bochechas e o barulho do enrolar do mar como banda sonora.
Aquele brilho que me parecem pequenos diamantes deixados à beira-mar quando este decide voltar para trás, levaram-me por aí. Alguém teve a gentileza de deixar ali uns brilhantes para tornar ainda mais mágico aquele ritual de indecisão tão característico do mar. Perdi-me naquele instante cintilante em que tudo reluz ao sol. Aquele vai e vem de um azul transparente revigora tudo. E ajuda a pensar.
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